Estudo de freqüência de lesões da mucosa bucal e possíveis implicações da falta de exame e atenção estomatológica em pacientes submentidos a tratamento quimioterápico no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) em 1995 E 2000 / Study of frequency of injuries of the oral mucosa and possible implications of deficit in examination and stomatologic atention in submited patients to the chemotherapic treatment in the Hospital of Clinics of Porto Alegre (HCPA) in 1995 and 2000

No presente estudo foram avaliados 200 pacientes com diagnóstico comprovado de câncer e que foram tratados quimioterapicamente no Serviço de Oncologia Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre...

Estudo de freqüência de lesöes da mucosa bucal e possíveis implicaçöes da falta de exame e atençäo estomatológica em pacientes submetidos a tratamento quimioterápico no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) em 1995 e 2000

No presente estudo foram avaliados 200 pacientes com diagnóstico comprovado de câncer e que foram tratados quimioterapicamente no Serviço de Oncologia Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foram incluídos no estudo os pacientes maiores de 18 anos e aqueles que concordaram em participar do mesmo. Foram excluídos do estudo os pacientes portadores de tumor primário na boca, pacientes HIV+, menores de 18 anos, e aqueles que se recusaram de participar do estudo. Os pacientes foram divididos em dois grupos de 100 e avaliados em dois momentos distintos: em 1995 e em 2000. No grupo 1995, 40 por cento eram do sexo masculio, 54 por cento eram fumantes, 49 por cento ingeriam bebidas alcoólicas e 95 por cento eram da raça branca. Durante exame estomatológico realizado pelo pesquisador, 59 por cento apresentaram queixa de alteração bucal. Desses 59,38(64,4 por cento) apresentaram alteração bucal afetiva. Dos 100 pacientes deste grupo, apenas 23 tiveram a boca examinada pelo médico, entre as fases e diagnóstico e início do tratamento quimioterápico. No grupo 2000, 39 por cento eram do sexo masculino, 47 por cento eram fumantes, 67 por cento utilizavam bebidas alcoólicas e 92 por cento eram da raça branca. Durante exame estomatológico realizado pelo pesquisador, 41 por cento referiam sentir alguma alteração na boca. Desses 41,20 (48,8 por cento), efetivamente apresentavam alguma alteração bucal. Dos 100 pacientes deste grupo, 48 tiveram a boca examinada pelo médico, entre as fases de diagnóstico e o início do tratamento quimioterápico. Observou-se evidente negligência médica referente a atenção estomatológica dos pacientes avaliados, nos dois grupos (1995 e 2000), no período do estudo